Autores: Felipe Colbert & Lu Piras
Editora: Novo Século
Páginas: 260
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Quando Alícia Mastropulos se apresenta pela primeira vez como violinista principal na Orquestra de sua universidade, ela não tem ideia dos acontecimentos que este fato desencadeará. Decidida a tocar uma composição inédita deixada por seu falecido avô em vez da música programada, ela se emociona e erra a última nota, mas ninguém parece perceber. No dia seguinte recebe a notícia que um jovem desconhecido é encontrado no coreto próximo ao local da apresentação e levado para um hospital. Quando acorda, ele não se lembra de nada, apenas chama pelo nome dela. Ele, o belo e misterioso rapaz de olhos azuis, é exatamente o que Alícia precisa evitar. Porém, a aproximação entre os dois se torna inevitável quando ela descobre que sua avó, Cecília, tomando conhecimento do caso, hospedou-o e ainda lhe deu o nome de Sebastian. Preocupada, Alícia pede que sua avó o afaste de casa, antes que a situação traga problemas para sua família e para seu namoro com Theo. Percebendo a relutância da avó e incomodada com a proximidade cada vez maior de Sebastian, Alícia decide apressar o noivado com Theo. Para satisfaçâo de seus pais que veem com bons olhos um casamento entre duas famílias tradicionais gregas. Só que, ela começa a descobrir uma intensa atração pelo rapaz desconhecido, que a levará a entender, enfim, o mistério que o envolve, a resgatar histórias do passado e a tomar importantes decisões para o futuro.
A Última Nota é narrado em primeira pessoa, apresentando o ponto de vista da jovem de 21 anos, Alícia Mastropoulos. Mesmo já sendo adulta, Alícia ainda mora com os pais, mas esse não é o problema, o problema é que Os pais- mais especificamente a mãe ddela- são muito controladores. Por serem descendentes de gregos a mãe de Alícia presa muito pela preservação e perpetuação das tradições e cultura grega, mesmo estando no Brasil para ela não há um meio termo, Alícia tem que viver como se estivessem na Grécia e não no Rio de Janeiro. Ela e a mãe discutem muito, se Alícia nnão está ajudando no restaurante grego da família, então nada do que ela está fazendo é bom e deve ser severamente criticado, o que provoca muitas discussões entre as duas.
''Palavras que feriam e mágoas que não cicatrizavam. Esses eram os tijolos que continuávamos a cimentar no muro que erguíamos entre nós, cada vez mais alto e mais difícil de transpor. Nenhuma de nós duas conseguia se colocar no lugar da outra, e ambas perdiam com isso. Pior, perdíamos algo que não se recupera: tempo.''Alícia tem um namorado metido à besta, Theo, eita personagem arrogante e prepotente que só pensa nele mesmo e usa Alícia como um troféu, mas os pais da protagonista adoram o Theo e incentivam esse relacionamento, então é claro que a mocinha boazinha se submete a esse relacionamento, afinal, que mal isso pode fazer, não é mesmo?
O verdadeiro amor na vida de Alícia é a música, ela é violinista graças a influência do seu querido e falecido avô paterno, esse personagem está muito presente nas lembranças de Alícia e foi responsável por fazê-la se apaixonar pela música e a seguir seus passos. Alícia faz faculdade de música e é a principal violinista na orquestra de sua faculdade e se dedica muito, mesmo a contra gosto dos pais que queriam que ela fosse uma boa dona de casa. Mas ela sempre recebe o apoio incondicional da sua avó paterna (que não é grega e sofre xenofobia por parte da mãe de Alícia), essa personagem é a luz na vida da protagonista e faz qualquer momento ficar melhor.''A maioridade veio com os dezoito, mas eu pouco tinha mudado desde então, exceto por um item que eu precisava agora carregar a tiracolo - mais conhecido pelo nome de Theo. Mesmo não sendo uma bolsa, sentia como se meu namorado vivesse pendurado em mim, e não me lembrava de nenhum outro acessório mais chamativo do que ele. (...) Inclinei o rosto para ver sua expressão de macho grego convencido, e ele me tascou um beijo estalado na boca. Uma coisa Theo fazia melhor do que eu: no seu jeito romântico de ser, ele era o antônimo do romântico. Eu e Theo, juntos, sem muito esforço, até poderíamos um dia inventar esse vocábulo.''
Mas Alícia sabe que falta algo em sua vida, ela não tem do que reclamar, mas também não tem nada que a faça extremamente feliz. O que ela realmente queria era encontrar o verdadeiro amor, se apaixonar, ficar com as pernas bambas.
'' - Eu queria poder ajudá-la, querida, mas meu amor pelo seu avô é algo incomum. A nossa história é diferente. - Sim, foi um amor proibido... - Não por ter sido proibido, mas por ter sido destinado. - E o que o destino reservou para mim? Será que eu não poderia amar ninguém como a senhora amou meu avô? Não poderei viver uma história de amor como a sua? - Não pense demais, seu coração mostrará o caminho quando chegar o momento. Pode se que seja o Theo... - ''Pode ser?'' - Não há ninguém na minha vida, vó. - O tempo e o acaso não nos pertencem.''É então que Alícia recebe a ligação de um hospital dizendo que há um moço ali internado e que o mesmo não se lembra de nada, esse jovem não consegue se lembrar nem do próprio nome, mas de alguma forma ele lembra e chama apenas por uma pessoa: Alícia, e é esse nome, ou melhor, a portadora desse nome que é a pessoa mais importante para ele. A partir daí a vida de Alícia muda completamente, e ela fica curiosa, afinal, quem será esse misterioso rapaz de olhos azuis? Qual será a sua verdadeira história e como ele a conhece? Alícia fica com muitas dúvidas e uma delas é por que não consegue parar de pensar nesse misterioso rapaz que recebeu o nome de Sebastian e que aparece em vários lugares que ela frequenta?
O livro narra sobre sentimentos, aflições e etc, mas eles simplesmente não me foram transmitidos durante a narrativa, eu não tive empatia pela Alícia mimada, que tinha uma vida perfeita, que de certa forma queria que tudo fosse do seu jeito, que fazia birra e se afastava quando algo que não era do seu agrado acontecia, isso até a página 130 (mais ou menos), a partir daí, para mim, o livro mudou completamente e eu me vi ficando realmente emocionada com várias cenas.
Com o passar do tempo, muitas coisas acontecem (não vou dar spoilers) e Alícia descobre mais sobre a história de seus avôs, passa a conhecer melhor as pessoas que a cercam e revê o modo como as trata, incluindo o deus grego Sebastian, que deixa suas pernas bambas e lhe proporciona muitos momentos de pura confusão e alegria.
Nesse livro, realmente, a música faz milagres e traz o amor verdadeiro, quando terminei de ler A Última Nota, que é um romance singelo e encantador, fiquei com vontade de aprender a tocar violino (que eu sempre achei ser um instrumento belíssimo). Recomendo o livro para todos que gostam de um doce romance, A Última Nota é um livro bem curtinho, leitura rápida, com uma bela e simples diagramação e foi escrito por dois autores brasileiros, Felipe Colbert e Lu Piras.
'' - A vocação e a magia são filhas da perseverança. Quando você toca, você faz música. Quando você acredita, você faz mágica.''
Adorei a resenha. Apresenta um história tão linda. Dá muita vontade de ler!!
ResponderExcluirBjs,
Markus
http://mundoemcartas.blogspot.com.br/
Oi Markus, a história é mt bonita. Caso leia, me diga o que achou ok.
ExcluirBeijos