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13.8.14

[Resenha] A Última Nota :: Felipe Colbert & Lu Piras

A Última Nota
Autores: Felipe Colbert & Lu Piras 
Editora: Novo Século 
Páginas: 260
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Quando Alícia Mastropulos se apresenta pela primeira vez como violinista principal na Orquestra de sua universidade, ela não tem ideia dos acontecimentos que este fato desencadeará. Decidida a tocar uma composição inédita deixada por seu falecido avô em vez da música programada, ela se emociona e erra a última nota, mas ninguém parece perceber. No dia seguinte recebe a notícia que um jovem desconhecido é encontrado no coreto próximo ao local da apresentação e levado para um hospital. Quando acorda, ele não se lembra de nada, apenas chama pelo nome dela. Ele, o belo e misterioso rapaz de olhos azuis, é exatamente o que Alícia precisa evitar. Porém, a aproximação entre os dois se torna inevitável quando ela descobre que sua avó, Cecília, tomando conhecimento do caso, hospedou-o e ainda lhe deu o nome de Sebastian. Preocupada, Alícia pede que sua avó o afaste de casa, antes que a situação traga problemas para sua família e para seu namoro com Theo. Percebendo a relutância da avó e incomodada com a proximidade cada vez maior de Sebastian, Alícia decide apressar o noivado com Theo. Para satisfaçâo de seus pais que veem com bons olhos um casamento entre duas famílias tradicionais gregas. Só que, ela começa a descobrir uma intensa atração pelo rapaz desconhecido, que a levará a entender, enfim, o mistério que o envolve, a resgatar histórias do passado e a tomar importantes decisões para o futuro.


A Última Nota é narrado em primeira pessoa, apresentando o ponto de vista da jovem de 21 anos, Alícia Mastropoulos. Mesmo já sendo adulta, Alícia ainda mora com os pais, mas esse não é o problema, o problema é que Os pais- mais especificamente a mãe ddela- são muito controladores. Por serem descendentes de gregos a mãe de Alícia presa muito pela preservação e perpetuação das tradições e cultura grega, mesmo estando no Brasil para ela não há um meio termo, Alícia tem que viver como se estivessem na Grécia e não no Rio de Janeiro.  Ela e a mãe discutem muito, se Alícia nnão está ajudando no restaurante grego da família, então nada do que ela está fazendo é bom e deve ser severamente criticado, o que provoca muitas discussões entre as duas.
''Palavras que feriam e mágoas que não cicatrizavam. Esses eram os tijolos que continuávamos a cimentar no muro que erguíamos entre nós, cada vez mais alto e mais difícil de transpor. Nenhuma de nós duas conseguia se colocar no lugar da outra, e ambas perdiam com isso. Pior, perdíamos algo que não se recupera: tempo.''
Alícia tem um namorado metido à besta, Theo, eita personagem arrogante e prepotente que só pensa nele mesmo e usa Alícia como um troféu, mas os pais da protagonista adoram o Theo e incentivam esse relacionamento, então é claro que a mocinha boazinha se submete a esse relacionamento, afinal, que mal isso pode fazer, não é mesmo? 
''A maioridade veio com os dezoito, mas eu pouco tinha mudado desde então, exceto por um item que eu precisava agora carregar a tiracolo - mais conhecido pelo nome de Theo. Mesmo não sendo uma bolsa, sentia como se meu namorado vivesse pendurado em mim, e não me lembrava de nenhum outro acessório mais chamativo do que ele. (...) Inclinei o rosto para ver sua expressão de macho grego convencido, e ele me tascou um beijo estalado na boca. Uma coisa Theo fazia melhor do que eu: no seu jeito romântico de ser, ele era o antônimo do romântico. Eu e Theo, juntos, sem muito esforço, até poderíamos um dia inventar esse vocábulo.''
O verdadeiro amor na vida de Alícia é a música, ela é violinista graças a influência do seu querido e falecido avô paterno, esse personagem está muito presente nas lembranças de Alícia e foi responsável por fazê-la se apaixonar pela música e a seguir seus passos. Alícia faz faculdade de música e é a principal violinista na orquestra de sua faculdade e se dedica muito, mesmo a contra gosto dos pais que queriam que ela fosse uma boa dona de casa. Mas ela sempre recebe o apoio incondicional da sua avó paterna (que não é grega e sofre xenofobia por parte da mãe de Alícia), essa personagem é a luz na vida da protagonista e faz qualquer momento ficar melhor. 
Mas Alícia sabe que falta algo em sua vida, ela não tem do que reclamar, mas também não tem nada que a faça extremamente feliz. O que ela realmente queria era encontrar o verdadeiro amor, se apaixonar, ficar com as pernas bambas.
'' - Eu queria poder ajudá-la, querida, mas meu amor pelo seu avô é algo incomum. A nossa história é diferente.                                                                                                                                   - Sim, foi um amor proibido...                                                                                                                 - Não por ter sido proibido, mas por ter sido destinado.                                                                   - E o que o destino reservou para mim? Será que eu não poderia amar ninguém como a senhora amou meu avô? Não poderei viver uma história de amor como a sua?                           - Não pense demais, seu coração mostrará o caminho quando chegar o momento. Pode se que seja o Theo...                                                                                                                                     - ''Pode ser?'' - Não há ninguém na minha vida, vó.                                                                           - O tempo e o acaso não nos pertencem.''
É então que Alícia recebe a ligação de um hospital dizendo que há um moço ali internado e que o mesmo não se lembra de nada, esse jovem não consegue se lembrar nem do próprio nome, mas de alguma forma ele lembra e chama apenas por uma pessoa: Alícia, e é esse nome, ou melhor, a portadora desse nome que é a pessoa mais importante para ele. A partir daí a vida de Alícia muda completamente, e ela fica curiosa, afinal, quem será esse misterioso rapaz de olhos azuis? Qual será a sua verdadeira história e como ele a conhece? Alícia fica com muitas dúvidas e uma delas é por que não consegue parar de pensar nesse misterioso rapaz que recebeu o nome de Sebastian e que aparece em vários lugares que ela frequenta?

O livro narra sobre sentimentos, aflições e etc, mas eles simplesmente não me foram transmitidos durante a narrativa, eu não tive empatia pela Alícia mimada, que tinha uma vida perfeita, que de certa forma queria que tudo fosse do seu jeito, que fazia birra e se afastava quando algo que não era do seu agrado acontecia, isso até a página 130 (mais ou menos), a partir daí, para mim, o livro mudou completamente e eu me vi ficando realmente emocionada com várias cenas.

Com o passar do tempo, muitas coisas acontecem (não vou dar spoilers) e Alícia descobre mais sobre a história de seus avôs, passa a conhecer melhor as pessoas que a cercam e revê o modo como as trata, incluindo o deus grego Sebastian, que deixa suas pernas bambas e lhe proporciona muitos momentos de pura confusão e alegria.

Nesse livro, realmente, a música faz milagres e traz o amor verdadeiro, quando terminei de ler A Última Nota, que é um romance singelo e encantador, fiquei com vontade de aprender a tocar violino (que eu sempre achei ser um instrumento belíssimo). Recomendo o livro para todos que gostam de um doce romance, A Última Nota é um livro bem curtinho, leitura rápida, com uma bela e simples diagramação e foi escrito por dois autores brasileiros, Felipe Colbert e Lu Piras.

'' - A vocação e a magia são filhas da perseverança. Quando você toca, você faz música. Quando você acredita, você faz mágica.''




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2 comentários

  1. Adorei a resenha. Apresenta um história tão linda. Dá muita vontade de ler!!

    Bjs,
    Markus
    http://mundoemcartas.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi Markus, a história é mt bonita. Caso leia, me diga o que achou ok.
      Beijos

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