[Resenha] Prodigy :: Marie Lu

Prodigy - Legend #2

Autora: Marie Lu

Editora: Rocco

Páginas: 304
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Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

E June e Day continuam sua saga neste segundo volume alucinante, para quem não leu o primeiro volume a resenha se encontra aqui, e recomendo que não siga por minhas palavras, afinal terei que dar spoilers do primeiro livro da trilogia.

Vejo a dor estampada no seu rosto, e essa visão me dilacera. O criminoso mais procurado da República não passa de um menino, subitamente vulnerável, que está expondo todas as suas fraquezas na minha frente.

June e Day escaparam dos guardas de Los Angeles, a maioria acredita que Day está morto e June só consta no quadro de avisos como desaparecida, e ninguém, em momento algum, parou para revistar o trem, se tudo der certo logo eles estarão em Vegas e poderão contactar os Patriotas e lhes pedir ajuda e encontrar Tess é claro.

Mas eles não contavam com a facilidade com que os Patriotas os acolhem, os tratam e os integram a equipe em troca de uma única coisa, a colaboração de ambos para o assassinato do novo primeiro Eleitor, Anden.

June não gosta nada disso, ela não gosta da ideia de matar uma pessoa, muito menos alguém que ela admira simplesmente porque dizem que ele é como o pai ou pior, mas se ela não concordar tudo o que fez foi por nada certo? A luta por Day não vai ter adiantado nada, certo? Por isso ela concorda.

Day está animado com tudo, tem Tess de volta, tem June ao seu lado e tem seu joelho funcionando muito bem, mas ele não gosta muito desse plano que queremprôr em prática, ele não gosta da ideia de deixar June voltar para a República, para esse novo Primeiro Eleitor que parece interessado demais nela e depois, talvez, fugir em segurança. Isso sem falar que nas poucas semanas sem a presença de Tess ela mudou a olhos vistos e deixou de ser a menininha que estava acostumado a ver e ela parece saber disso e parece flertar com ele, descaradamente.

O livro continua sendo narrado um capítulo por June e o seguinte por Day e a edição da Rocco está impecável como sempre, o acabamento do livro é maravilhoso e a capa é linda e azul. Pronto, me conquistou no azul.

Neste livro os acontecimentos são menos conturbados e temos um maior desenvolvimento dos personagens, nos aprofundamos nas mentes e medos de June e Day e sentimos mais suas tensões e preocupações. Pela primeira vez temos vislumbres da dor e do estrago causado pelas perdas em ambos. Pelas mortes e pelas escolhas de deixar tudo para trás e se rebelar.

E quando ambos se separam, para cada um fazer sua parte da missão, vemos outras pessoas importante surgirem e novas relações crescerem; Anden e June possuem uma conexão inegável e ele expondo suas ideias a faz questionar quem está de fato errado e o que é certo e Day não pôde deixar de se sentir em casa defendendo o povo com seus novos amigos corredores, e fazendo o que ele sempre foi bom em fazer; além de termos um vislumbre das Colônias, e finalmente podermos entender mais com quem eles estão lutando e como tudo isso aconteceu, pela primeira vez o mundo distópico aparece. Isso sem falar de como a relação entre os dois é lindaaaa, amo June e Day, mesmo.

— Quando a gente vai ver você de novo? — Em breve. Eu amo você, filho. — Ele põe uma das mãos na minha cabeça. — Cuide de tudo até eu voltar, está bem? Concordo com a cabeça. Ele fica mais um instante  comigo, depois se levanta e vai embora. Volto para casa. Essa foi a última vez que o vi.

Gostei como Marie Lu se deixou levar por eles, por como a estória se manteve a mesma e cresceu, por como ficou ainda melhor, eu, facilmente, poderia discorrer por qualidades e mais qualidades deste livro, mas acabaria dando spoilers, e isso não seria legal. Então só direi que é uma sequência de matar e que da primeira a última página não há uma única decepção, o livro é muito bom.