Insurgente - Divergente #2
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 512
Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.
Vemos um novo lado da Tris, se em Divergente muitos reclamaram da sua falta de reação com relação à perda de pessoas amadas e a tudo o que aconteceu com ela, em Insurgente ela realmente mostra o quanto tudo a afetou e traumatizou, mas ela é forte e está sempre se pondo à prova mesmo com os constantes ataques de pânico.
‘‘Caminhamos juntos pelo corredor. As tábuas corridas rangem sob nossos pés. Sinto saudade da maneira como meus passos ecoavam no complexo da audácia. Sinto saudade do ar frio do subterrâneo. Mas, mais do que tudo, sinto saudades dos medos que senti nas últimas semanas, tão pequenos quando comparados aos de agora.’’
A Tris é uma
personagem muito forte, isso já foi demonstrado no livro anterior e em
Insurgente conseguimos ver um lado seu um pouco mais vulnerável e determinado,
chegando até a ter momentos de despersonalização, isso muitas vezes passa
despercebido pelos demais personagens, mas ela está sempre se levando ao limite
e não tem medo de fazer o que for necessário para defender os outros, e tá aí
uma vantagem da narrativa ser em primeira pessoa, sabemos de tudo o que se
passa na cabeça da Tris.
O
relacionamento entre a Tris e o Quatro/Tobias continua intenso, mas os segredos
dela parecem afastá-lo cada vez mais e ela fica em conflito com relação a se
abrir e deixar que ele veja as suas fraquezas ou tentar combater tudo sozinha e
se mostrar independente, confiante e corajosa; é interessante ver o
amadurecimento da relação dos dois, que agora passa a ser algo mais sério em que ambos precisam aprender a
confiar, tantos seus segredos quanto suas vidas, um no outro, e é tanto peso
que vemos personagens com características um pouco diferentes das que nos foram
apresentadas em Divergente. Mais um ponto positivo para a Veronica Roth, ela
não criou triângulos amorosos e só por isso já considero uma distopia única
(afinal, está ficando meio clichê todas as distopias terem um
triângulo amoroso!).
‘‘Sinto-me nua. Não havia percebido que vestia meus segredos como uma armadura, até que eles se foram, e agora todos conseguem me ver como realmente sou.’’
Ainda há a
separação entre as facções, a erudição ainda quer controlar a todos e fará de
tudo para conseguir isso, e eliminar os Divergentes faz parte da lista. Só que
com o desenrolar da estória percebe-se que talvez Jeanine esteja querendo algo
mais do que apenas essas ‘pequenas’ ambições, e mostra que não há limites para
obter o que se deseja. O cenário está mais sombrio, afinal as mortes e
rebeliões afetaram a todos e os personagens mudaram um pouco a sua interação
entre si e a desconfiança reina sobre a cabeça de todos. Roth cria um mundo único, em que cada facção tenta expor e valorizar o melhor de cada individuo, isso na teoria.
‘‘Às vezes sinto que estou colecionando as lições que cada facção tem a me ensinar e guardando-as em minha mente, como um guia para me virar no mundo. Há sempre algo a aprender, sempre algo que é importante entender.’’
Em
Insurgente conhecemos mais sobre as facções e seus respectivos modos de vida, assim como os personagens apresentados no livro anterior e suas
personalidades são mais destacadas, e claro, novos personagens são introduzidos,
como os Sem-facção que tem papel importantíssimo no desenvolvimento do livro e
mostram os seus objetivos e o fato de que talvez eles sejam mais organizados do
que se pensava. E como toda distopia, o estopim da rebelião se aproxima; se em
Divergente não entendemos muito bem como surgiu a ideia dessa sociedade
distópica, nesse livro há uma grande revelação e foi impossível não ficar
surpresa com tudo de novo que a Veronica Roth nos apresentou.
‘‘Sinto um calafrio. Ele fala em fugir como se acreditasse que nós estamos presos. Eu nunca havia pensado dessa maneira, o que agora parece uma tolice.’’
Muitas
coisas acontecem e as atitudes da protagonista e a direção que a estória toma
sempre me deixavam surpresa, gostei de algumas coisas, de outras nem tanto, o
livro é repleto de conspiração, e eu adorei o final e tenho certeza que os fãs
de Divergente ficarão eufóricos ele. Insurgente mantém o mesmo ritmo alucinado
que teve o livro anterior e também nos dá uma nova perspectiva sobre o mundo de
Divergente.
A única
coisa que devo dizer foi que no começo eu demorei um pouquinho para me conectar
com a narrativa e tive um pouco de dificuldade para me lembrar de todos os
personagens, saber ‘quem era quem’ afinal fazia mais de um ano desde a leitura
do primeiro livro. Outra coisa, senti falta foi do romance entre a Tris e o
Quatro, esperava mais cenas deles interagindo como casal ;). A diagramação do livro está muito bem feita e
segue o padrão que teve em Divergente. Concluindo, mal posso esperar para ler
Convergente e finalmente saber como será o desfecho dessa série que é uma das
minhas favoritas.
Amiga como eu disse até hoje eu ainda não li o livro DIVERGENTE, mas eu tenho bastante vontade, até porque gostei bastante também do filme que me deixou praticamente de boca aberta. mas lendo suas considerações finais eu fiquei empolgada quanto a ler essa distopia e muitas outras que ainda não li e espero gostar, porque eu ando em um momento tão sensivel e não sei se seria o tipo de livro, mas a Agatha ja pediu pra mim começar pela Seleção, mas vamos ver né? Quem sabe =x
ResponderExcluirhttp://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/03/resenha-paredes-vivas.html
Que legal, colega!
ResponderExcluirQueria só avisar que vc foi marcada na TAG http://spaziodilibri.blogspot.com.br/2015/03/tag-liebster-award.html para responder a umas perguntinhas!
Te espero lá!
Bjo
http://spaziodilibri.blogspot.com.br/
Olha, o livro é mais ou menos, mas o que mudaram no filme melhoraram. Você vai ver como vai cair o nivel viu
ResponderExcluirBeijos
http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/
Caraca! Parabéns pela resenha!
ResponderExcluirEu gostei do filme Divergente, mas não tinha tanta vontade de ler assim a trilogia... mas com sua resenha fiquei esperançoso! O modo como falou da Tris me deixou curioso *-*
Bjs!
http://leiturasilenciosaoficial.blogspot.com.br
Olá. adorei o seu blog e estou te seguindo. Segue o meu tambem para dar uma força rs http://experimenteuseeabuse.blogspot.com.br/
ResponderExcluirBeijos :*
Andréia
ResponderExcluirVi ontem o filme e agora lendo sua resenha relembrei o livro. Esta é uma trilogia que gostei bastante, muita gente não gostou deste livro mas eu achei que ele manteve meu interesse na trilogia. E muito bacana você ter lembrado a "falta" do triangulo amoroso, acabei não percebendo este detalhe, mas um ponto positivo para o livro.
Abraços,
Gisela
@lerparadivertir
Ler para Divertir
Eu ainda não li e nem assisti nada,
ResponderExcluirmas sua foto e sua resenha ficaram incríveis *-*
http://www.literalinda.com.br/ ♥