Autora: Joelle Charbonneau
Editora: Única
Páginas: 320
Cia Vale tem dezessete anos e tem tudo o que sempre sonhou: um amor perfeito, um lugar na universidade e um futuro como uma das líderes da Comunidade das Nações Unificadas. No entanto, apesar de todos os esforços do governo para apagar a memória de Cia, ela ainda lembra o que aconteceu. Ela precisa escolher entre ficar em silêncio e proteger a si mesma e as pessoas que ama ou expor o Teste e o que ele na verdade é, um programa assassino que deve ser impedido. O futuro da Comunidade depende dela.Cia passou no Teste, mas teve suas memórias apagadas, assim como seus colegas. Ela ainda precisa lidar com o que encontrou no gravador revelando a realidade vivida durante O Teste (vol. 1 da série, resenha ''Aqui''), e sua vida na Universidade está prestes a começar e há novas perspectivas que a deixam sem saber ao certo qual deverá ser o próximo passo a ser dado. Mas de uma coisa ela tem certeza: falhar não é uma opção.
No segundo volume da saga de Joelle Charbonneau, a chance de fazer parte da revitalização de uma civilização pós-guerra colide com o desejo de fazer o que o coração manda.
Cia ainda tem mais algumas provas
a realizar antes de saber qual será sua área de estudo, ex. medicina,
engenharia, entre outros. E a cada prova mais e mais alunos são redirecionados
e o verdadeiro significado disso mostra o quanto a permanência de cada um dos
jovens é frágil e incerta. Após essa fase ainda há os estágios e não é surpresa
quando descobrimos que não existem vagas para todos e que aqueles que falham...
bem, é um mistério o que acontece.
‘‘Se eu não tivesse visto Obidiah depois do Redirecionamento, senão tivesse ouvido minhas próprias lembranças do Teste, eu me sentiria segura com suas palavras; acreditaria no ar de preocupação materna no rosto da professora Holt. No entanto, eu tinha visto e as palavras no gravador estão impressas na minha memória. Não importa qual a carga do curso, não vou reclamar. Mais ainda, não vou fracassar.’’
Estudo Independente é uma distopia
e há um governo a ser derrubado. Mas nesse caso não se trata necessariamente do
governo em si, mas sim da área que é responsável pela educação da nação, que
toma decisões independentemente de quem está na presidência e como no livro
anterior, há um grupo de rebeldes que querem derrubar o responsável pelo Teste
para que mudanças efetivas sejam implantadas e nesse livro descobrimos um pouco
sobre como O Teste funciona e quem está por trás dele.
O plot mesmo não sendo algo
surpreendentemente único é instigante e foi o que me fez virar as páginas, já
que estava curiosa para saber o desfecho da obra e o que mais a Universidade
aprontaria com os alunos e quais situações de vida ou morte eles teriam que
lidar.
‘‘O fato de a gente pensar que uma coisa é verdadeira não faz com que ela seja. A percepção é quase tão importante quanto a realidade.’’
Cia é uma protagonista-prodígio-perfeitinha-demais,
ela sempre tinha a resposta para tudo. TUDO ou ela sabia através do seu estudo
ou o pai já tinha feito, ou o irmão já tinha vivido... enfim, em nenhum momento
há uma incógnita que ela precisa de fato descobrir como ultrapassar, ela tem a
resposta de tudo de forma muito fácil, tudo o que ela usa para se safar ou
resolver uma situação, ela sabe que dará certo pois já foi previamente
vivenciado, em nenhum momento ela simplesmente tenta. Ah e com certeza não há
fracassos com essa personagem, de nenhum tipo! (Cadê o realismo?) Ou melhor,
até há fracassos, mas quando há a Cia sabe que esse é o resultado esperado por
aqueles que o aplicaram. (Louco não?).
Os personagens secundários têm
tanto a mostrar, gostaria de conhecer mais sobre alguns deles, suas verdades, o
que vivenciaram e no que acreditam; mas infelizmente, eles ficaram bem apagados
e até o personagem Tomas, que é o par romântico da Cia, se é que posso
considerar o que eles têm como um romance, pois as cenas entre eles são parcas,
tem um papel fraco na narrativa. Sem falar que, estou me questionando o motivo
de autora ter feito a Cia confiar somente nos homens, todas as mulheres/garotas
apresentadas ao longo da narrativa, mesmo que a Cia fale algo positivo, em
seguida vem algum comentário mental pejorativo sobre a personagem, dizendo que
seus olhos estavam sempre a espreita como se fosse atacar, ou sobre a forma do
seu sorriso, enfim, dá a entender logo de cara que elas são falsas, só que Cia
nem as conhece! E o oposto acontece com personagens masculinos, os quais a Cia
não tem tanta dificuldade em confiar, pelo contrário, para alguns ela já sai
revelando segredos importantíssimos sem nem pestanejar.
A forma como a Universidade
funciona, como os alunos brilhantes são separados dos não tão brilhantes... não
me convenceu. Não posso soltar spoilers, mas simplesmente não vejo lógica
nisso! Enfim, vou ler o terceiro livro
que finalizará essa trilogia, mas mesmo tendo um enredo plausível, a
protagonista ferrou com a estória nesse segundo volume.
Quem já leu, favor dizer o que achou.
E quem não leu também.
Oiiii!
ResponderExcluirEu não li ainda, mas sempre vi muuuuitos elogios para a escrita da autora. Acho que essa é a primeira critica negativa que eu leio ;(
Como não li, não tenho como opinar sobre o enredo, mas fiquei chateada com o fato da autora não ter mantido o o ritmo anterior :(
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Andreia
ResponderExcluirSó li até agora O Teste, mas adorei o livro. Acabei de comprar este, deve estar chegando ainda esta semana e vou começar a leitura. Normalmente livros do meio são mais desanimadores, mas já adianto que vou ficar um pouco triste se não gostar, pois como já disse, amei o primeiro livro.
Tem livro que faz bem seu papel e este parece ser um deles. Já ouvi falar da história de atris e parece ser surpreendente, mas melhor que conhecer os problemas ao qual ela passou e poder aprender com eles.
um abraço
Gisela
@lerparadivertir
Ler para Divertir