Autora: Michelle Hodkin
Editora: Galera Record
Páginas: 378
Mara Dyer não sabe se é louca ou apenas assombrada. Tudo o que sabe é que tudo à sua volta morre. Basta ela querer... Mara Dyer acha impossível algo pior do que acordar em um hospital, sem memória. Ela acredita ter sido uma fatalidade o acidente que matou seus amigos e do qual ela escapou sem sequelas... físicas. E, depois de tudo o que aconteceu, ela acredita que seria impossível se apaixonar. Mara Dyer está errada...
Seria lindo se as livrarias estivessem cheias de capas como a desse livro. Por muito tempo, eu só queria tê-lo na estante, nem fazia questão de ler a história, isso é o quanto fiquei apaixonada pela arte da capa. Um menino e uma menina se afogando com roupas bonitas? Receita para o sucesso, confiem em mim (você definitivamente não vai querer se afogar mal vestido). Mas como o senso de humor da vida adora aparecer nessas horas, eu não comprei o livro físico. Em vez disso, A desconstrução de Mara Dyer marcou a minha estreia no mundo dos audiobooks. Vou contar para vocês um pouco da minha experiência ouvindo as peripécias da srta. Mara.
A começar, quero dizer que não dou a mínima para a Mara (junto com a maioria dos leitores), o grande foco dessa história é o Noah. Na verdade, o livro deveria se chamar Uma longa narrativa sobre Noah Shaw e seu charme, com algum destaque para uma menina chamada Mara que adora desconstruções e homicídios. É o seguinte: temos essa garota chamada Mara que aparentemente narra a história e que certa vez esteve envolvida em um acidente muito sério que matou sua melhor amiga e dois outros adolescentes irrelevantes. Ela e a sua família decidiram se mudar para a Flórida, já que viver na antiga cidade estava deixando a Mara um pouco perturbada, então partem todos para o estado do sol, onde os esperam O Mocinho, O Novo Melhor Amigo e A Antagonista Loira e Vadia. O livro tem uma premissa interessante, sendo narrado por uma personagem em que não podemos confiar totalmente e trazendo um clima sombrio que eu adoro, mas ele é construído com base em uma série de clichês que, confesso, me incomodaram.
Eu amei o audiobook, a narradora é ótima e a praticidade de poder ficar andando de um lado para o outro com fones de ouvido, escutando um livro, é incrível. Houve momentos da narrativa em que eu não conseguia parar de escutar, então deixava a minha família conversando sozinha no carro enquanto passava para realidade paralela em que Noah Shaw dirigia o carro e me levava para um restaurante onde talvez eu até o deixasse escolher a minha comida (mentira, o Noah que me desculpe, mas essa coisa de fazer pedidos por mim não funciona, eu gosto de ter a minha liberdade com um cardápio; mas eu poderia deixar ele escolher todo o resto).
O começo da história não é muito viciante e não me interessou muito, até porque a Mara é uma daquelas protagonistas hipócritas e egocêntricas que me dão nos nervos (para se ter uma ideia, os pais dela tiveram o trabalho de mudar de cidade porque ela pediu e, depois, ela fez questão de ficar reclamando e os tratando mal por conta disso, vai entender). Ah, e devo avisar que o primeiro dia de aula é especialmente difícil de aguentar, porque precisou ser bem longo para que Mara tivesse tempo de conhecer seu melhor amigo (e representante de todas as minorias), o amor da sua vida e a sua arqui-inimiga. No entanto, eu me peguei muito satisfeita por ter conseguido superar minha irritação inicial, porque foram três dias ótimos ouvindo o livro. Não, essa não é uma das histórias que vão ficar comigo por anos e anos e que vou recomendar a torto e a direito, porém é ótima para dias chuvosos e proporciona uma ótima distração dos problemas da vida real (essa é a vantagem em protagonistas como a Mara, cuja vida é uma grande bagunça; obrigada, Mara, nós apreciamos sua desgraça).
Logo depois de terminar o livro, fui correndo ouvir o segundo e mal posso esperar para continuar. Tenho esperanças de que, no próximo livro, Michelle Hodkin vá rir na minha cara e dizer que estava brincando em relação a alguns posicionamentos do primeiro livro (eu realmente espero que ela não acredite que para uma garota ser considerada a maior vadia do mundo ela só precisa fazer sexo com um menino e ter cabelo loiro; assim como espero que essa coisa de julgar os outros com base em essa pessoa ser "vadia" ou não acabe).
Chegando ao fim da resenha, eu recomendo essa história para quem gosta de um bom mocinho britânico, de uma atmosfera sombria e de o clichê básico sem o qual muitos de nós (e eu definitivamente me incluo aí) não vivemos bem. E também recomendo que deem uma chance para os audiobooks, fica a dica da Audible (da Amazon) para quem entende bem inglês ou está começando a aprender. E para aqueles que não abrem mão do livro físico, como puderam ver acima o livro já foi lançado em português pela ed. Galera Record.
Chegando ao fim da resenha, eu recomendo essa história para quem gosta de um bom mocinho britânico, de uma atmosfera sombria e de o clichê básico sem o qual muitos de nós (e eu definitivamente me incluo aí) não vivemos bem. E também recomendo que deem uma chance para os audiobooks, fica a dica da Audible (da Amazon) para quem entende bem inglês ou está começando a aprender. E para aqueles que não abrem mão do livro físico, como puderam ver acima o livro já foi lançado em português pela ed. Galera Record.
Oie Luisa.
ResponderExcluirEstou com esse livro aqui na minha estande e tenho muitas opiniões diferentes sobre ele, mas tomara que eu aprecie a leitura, paguei o olho da cara nele, e quero pelo menos suspirar e sorrir um pouco e confesso que ultimamente tenho gostado muito de personagens em que não podemos confiar totalmente aparecem narrando... Depois te conto o que achei e menina, você é hilária, adorei os comentários.
Bjs
Eu demorei tanto pra responder você que o livro já deve ter evaporado da sua estante. Sabe que essas opiniões diferentes, junto com a capa, foram o que mais me interessaram antes de ler o livro, porque me deixaram bem curiosa. E ainda deixam, a primeira coisa que eu fiz depois de terminar o segundo livro foi procurar opiniões sobre ele. E fotos do Noah, mas shhh.
ExcluirBeijão ;)