Autores: Bill Konigsberg
Editora: Arqueiro
Páginas: 256
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Contudo a reação de seus pais foi mais do que Rafe queria, eles não só aceitaram tudo numa boa como comemoraram de forma teatral, com direito a festa inclusive, e parabéns. Foi bem constrangedor. E depois disso Rafe fez uma série de saídas do armário que mudaram sua rotina diária. Ele não sofria preconceito, isso nunca aconteceu, seus colegas de time o respeitavam desde que houvessem regras básicas de "Cara não me encare por muito tempo que eu não fico desconfortável com você aqui...", ele tinha uma melhor amiga e todos pareciam se orgulhar dele ser o cara gay, bem como sua mãe o fez assumir a tarefa pública de sair por aí dando palestras sobre como é ser gay assumido.
E no início dá tudo certo, certo até demais. Rafe passa a fazer parte de um mundo onde seu rótulo não define o que ele pode ou não fazer diante dos outros, de repente ele tem todas essas opções a sua frente e ele pode ser apenas um garoto vivendo sua vida.
Contudo isso só dura e vai bem até que seu castelo começa a desabar, pois aos poucos sentimentos começam a surgir por um de seus novos amigos héteros e isso é um problema pois ele não pode simplesmente chegar e contar, sua vida está construída em cima de fatos escondidos, fatos importantes e agora ele se vê em meio a dúvidas, desejos e incertezas.
Apenas um garoto é um livro muito único e que te faz pensar bastante entre a avalanche de emoções que você sentirá ao ler suas páginas e se apaixonar por seus protagonistas, pois ele nos dá um ponto de vista pouco conhecido por todos: os rótulos.
Ele não nos apresenta um jovem gay se descobrindo, pois Rafe sabe muito bem o que sente ou deixa de sentir. Ele não nos dá um jovem gay sendo discriminado, pois todos entendem o conceito de aceitação razoavelmente bem. Ele não nos dá um jovem gay passando por problemas na família, pois os pais dele o amam do jeito que ele é. Ele nos apresenta um jovem fugindo de um rótulo que de repente passou a definir muito sobre si mesmo, que passou a engolir sua identidade.
E sabemos que hoje em dia rótulos são um assunto importante, você é nerd, você é atleta, você é careta, você é piriguete, você é hétero normativo, você é feminista, você é gay e por aí vai com as definições sem fim que parecem pesar um bocado em nossos ombros pois ao aceitar ser rotulado você aceita todas as coisas que supostamente te acompanham com o novo pacote e é isso que Rafe questiona. Ele não quer ser só o cara gay, há tantas outras coisas sobre ele que são relevantes, coisas que ele não consegue fazer pois o fato de ser gay cria uma barreira invisível.
Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa.
Por isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar para o armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco.
O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está se apaixonando por um de seus novos amigos héteros.
Rafe sempre teve certeza de sua sexualidade, desde jovem ele sabia que gostava de meninos e não via problema nisso, tanto que aos 13 anos simplesmente chegou o dia que ele contou para os seus pais, sem pressão, sem medo, só constatando um fato que já parecia ser de conhecimento geral.
Contudo a reação de seus pais foi mais do que Rafe queria, eles não só aceitaram tudo numa boa como comemoraram de forma teatral, com direito a festa inclusive, e parabéns. Foi bem constrangedor. E depois disso Rafe fez uma série de saídas do armário que mudaram sua rotina diária. Ele não sofria preconceito, isso nunca aconteceu, seus colegas de time o respeitavam desde que houvessem regras básicas de "Cara não me encare por muito tempo que eu não fico desconfortável com você aqui...", ele tinha uma melhor amiga e todos pareciam se orgulhar dele ser o cara gay, bem como sua mãe o fez assumir a tarefa pública de sair por aí dando palestras sobre como é ser gay assumido.
"Sobre os tipos. Não sou um tipo. estou cansado de ser um tipo."Agora quando Rafe se olha no espelho ele não vê mais o Rafe, ele vê o Rafe gay que todos esperam e isso está sufocando ele mais do que ele gostaria. Assim ele toma uma atitude para que isso mude figura: ele se mudará para uma escola só para meninos do outro lado do estado e não irá contar para ninguém que ele é gay. Não que ele vá entrar no armário novamente, mas ele também não sairá anunciando aos sete ventos suas preferências sexuais.
E no início dá tudo certo, certo até demais. Rafe passa a fazer parte de um mundo onde seu rótulo não define o que ele pode ou não fazer diante dos outros, de repente ele tem todas essas opções a sua frente e ele pode ser apenas um garoto vivendo sua vida.
Contudo isso só dura e vai bem até que seu castelo começa a desabar, pois aos poucos sentimentos começam a surgir por um de seus novos amigos héteros e isso é um problema pois ele não pode simplesmente chegar e contar, sua vida está construída em cima de fatos escondidos, fatos importantes e agora ele se vê em meio a dúvidas, desejos e incertezas.
Apenas um garoto é um livro muito único e que te faz pensar bastante entre a avalanche de emoções que você sentirá ao ler suas páginas e se apaixonar por seus protagonistas, pois ele nos dá um ponto de vista pouco conhecido por todos: os rótulos.
Ele não nos apresenta um jovem gay se descobrindo, pois Rafe sabe muito bem o que sente ou deixa de sentir. Ele não nos dá um jovem gay sendo discriminado, pois todos entendem o conceito de aceitação razoavelmente bem. Ele não nos dá um jovem gay passando por problemas na família, pois os pais dele o amam do jeito que ele é. Ele nos apresenta um jovem fugindo de um rótulo que de repente passou a definir muito sobre si mesmo, que passou a engolir sua identidade.
E sabemos que hoje em dia rótulos são um assunto importante, você é nerd, você é atleta, você é careta, você é piriguete, você é hétero normativo, você é feminista, você é gay e por aí vai com as definições sem fim que parecem pesar um bocado em nossos ombros pois ao aceitar ser rotulado você aceita todas as coisas que supostamente te acompanham com o novo pacote e é isso que Rafe questiona. Ele não quer ser só o cara gay, há tantas outras coisas sobre ele que são relevantes, coisas que ele não consegue fazer pois o fato de ser gay cria uma barreira invisível.
"Não acho que ser gay seja uma maldição. Definitivamente não é. mas sabemos que sair do armário traz um monte de coisas que tornam a vida mais difícil. Mesmo que você tenha pais maravilhosos e uma escola que o trate bem, a revelação acrescenta algo à sua vida. o pior é como todo mundo olha para você de um jeito diferente. Eu fiquei cansado de ser olhado."Esse é um romance que te joga questões que não são respondidas, questões que são importantes e que nos causam problemas. Ele nos mostra que somos mais que rótulos e ao mesmo tempo somos eles, porque sem eles deixamos a gangue das identidades, perdemos um pouco da luta, mas isso não muda o fato de que pode ser um saco estar preso a um ideal.
"É difícil ser diferente - disse Scarborough - E talvez a melhor resposta não seja tolerar as diferenças, nem mesmo aceitá-las, e sim celebrá-las. Talvez essas pessoas que são diferentes se sentissem mais amadas e menos... bem, toleradas."Este livro e Rafe me fizeram rir, chorar um bocadinho e me maravilhar. Juro que pensei comigo "Não há nada como esse livro por aí" e entrou para os meus queridinhos do gênero! E por isso eu mais que recomendo.
Postado por
Agatha
Já tinha visto o livro, mas não sabia do que se tratava. Gostei bastante da sua resenha, muito boa mesmo e fiquei com vontade de ler o livro. Adoro livros com essa temática <3 e amei o seu blog, muito lindo mesmo. Voltarei mais vezes
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