Autora: Raphael Draccon
Editora: Rocco
Páginas: 352
Skoob | Goodreads | Compare e Compre
Liderados por um ranger americano e protegidos pela tecnologia criada por anões-alquimistas, um grupo de cinco pessoas sobrevive ao Cemitério, uma terra devastada por reptilianos, demônios e escravidão, e retorna para casa apenas para descobrir que eles levaram todo esse horror para a própria dimensão. Assim os dragões chegaram à Terra. Cidades foram queimadas, o pânico foi instaurado e líderes governamentais ficaram em choque diante de justiceiros que não respeitavam bandeiras nem fronteiras. Agora, um portal se abriu e a conexão entre as dimensões se fez. Em florestas de metal ou em bairros de concreto, gigantes de pedra e exércitos de monstruosidades espalham a devastação. Sem uma liderança clara, os cinco sobreviventes enfim se preparam para uma última batalha no coração do Japão. De um lado haverá um demônio-bruxa, crias infernais e Colossus de pedra. Do outro, armaduras de metal-vivo, sangue de dragão e robôs gigantes. Batalhas épicas e dramas intensos compõem Mundos de Dragões, terceiro e último livro da série Legado Ranger, um universo inspirado em uma versão adulta, violenta e politizada das antigas séries japonesas Tokusatsus, que marcaram a infância de toda uma geração.
Aquele era um dia para se fazer história. Dragões enfrentariam um robô gigante.O livro se inicia da mesma maneira como termina o segundo, com Ravenna aparecendo pelo portal no lugar de Derek, trazendo consigo metade de braço do ranger vermelho e sua pulseira de cristal, ou seja, ou ele está morto - que é o que a demônio afirma, ou gravemente ferido, sem metade de um braço e sem acesso a sua armadura, as duas ideias abalam o suficiente Amber e Ashanti para que elas não consigam revidar de maneira adequada os ataques de Ravenna, até porque ela está mais forte, bem mais forte. E quando foge deixa para trás dor, medo, sangue e muitas mortes e dúvidas.
Enquanto isso do outro lado do mundo, Daniel termina de construir uma versão gigante e melhorada do robô que Romain destruiu anteriormente, os últimos detalhes dessa nova arma estão prontos quando um novo caos se instala na ainda não recuperada província japonesa, ao que parece a Vespa Mandarina deixou para trás crias que conseguem ser piores que ele, e agora que Ravenna está nessa dimensão elas acordaram para aclamar sua rainha.
Desesperados e irados, o governo japonês revoga o perdão de Romain e emite um comunicado mundial para sua prisão, fazendo com que o governo americano tome providências para capturar o ator que atualmente está em Los Angeles fazendo marketing de seu novo filme. Revoltado e nenhum pouco feliz com o rumo das coisas ele acaba se metendo em uma briga com os super soldados e parando nas telas de todas as televisões sintonizadas em sua fuga, não só revelando ao mundo quem de fato veste a armadura verde e preta como também dizendo em alto e bom tom que ele tem um dragão, que o faz desaparecer na baia e reaparecer no Cemitério, numa simples viagem interdimensional.
Daniel revoltado trata de tomar algumas decisões e gritar um pouco, retomando a comunicação com Amber e Ashanti e pedindo ajuda, porque ele sabe que não irá derrotar aqueles monstros sozinho.
Enquanto isso temos o outro lado da estória. Voltamos ao momento em que Derek passa pelo portal de Ashanti para trazer Mihos de volta e então vemos sua trajetória até o momento em que acontece seu confronto com Ravenna. Ali visualizamos o Cemitério e o que restou e se fez dele após a partida dos rangers, vemos antigos conhecidos e novos inimigos e finalmente descobrimos vários dos segredos e motivos por trás da ida dos cinco para aquela dimensão.
Neste último livro temos o fim de uma saga de heróis que me conquistaram completamente, cada um a sua maneira me marcou e ficou em algum canto de meu coração e me renderam tantas risadas, bons momentos e cenas daquelas que se fosse um filme eu pausaria para absorver a emoção e conseguir seguir... Raphael Draccon é mestre em criar protagonistas de efeito, esses cinco, assim como todos os outros que ele criou e eu passei a amar não são diferentes. Eles chegam causando crateras gigantes com seus saltos e saem lá de dentro com aquele típico sorriso e andar que diz "se preparem, hoje eu cheguei para arrasar."
É o último livro e como tal tinha muita coisa para ser finalizada, explicada e sentida e de uma maneira geral tudo isso foi feito e gente eu AMO com todas as letras maiúscula esse escritor e seus livros, sou louca demais por eles e sempre favorito porque ele consegue de alguma maneira muito doida nos enfeitiçar, mas tenho que dizer, houveram coisas que eu senti que deixaram a desejar e talvez a culpa nem seja dele, mas ainda sim eu penso que poderia ter sido ESPETACULAR quando só foi sensacional.
Entendam, Draccon sempre foi muito cuidadoso com detalhes, ele é como a Sarah J. Maas que começa a pintar o desenho no início do livro e no fim nos revela o desenho sabe? Mas em Mundos de Dragões eu senti um descuido da parte dele com a questão temporal, isso não foi muito explicado e causou uma estranheza na hora da leitura, pode estar certo, mas não foi colocado de maneira que todos entendam, para mim isso foi o pior, não que atrapalhe a trama ou a emoção ou qualquer outra coisa, mas o público chave dele está familiarizado com esse tipo de coisa e nota a incoerência.
E aquele final! Gente socorro, eu chorei, chorei mesmo, mas eu queria que tivesse sido menos apressado, as páginas estavam acabando e lá estava acontecendo a maldita batalha final e eu só conseguia pensar "Meu Deus desse jeito não vai ter espaço para os momentos fofos e reencontros! Explicações e mundo pós dragões, demônios e tudo mais!", eu lá tenho minhas teorias da conspiração sobre o Draccon ter ligado seus livros, seus universos por dimensões, visões e fios de prata, mas no fim - e digo que ainda sim eu AMO COMPLETAMENTE essa série - me perguntando onde está o Legado Ranger, isso não foi de fato mostrado, o que nos foi mostrado foi o que aconteceu, mas não o que veio depois.
Em suma, eu recomendo muito, e esperem altas emoções, diálogos de abalar o coração, muita ação e romances e amores diferentes de tudo como é típico do Raphael e pode não ter sido meu final preferido dele, mas com certeza passa looonge de ter sido ruim e galerinha como não amar o Romain - que tirou a cena de todos nesse livro -, como não invejar a força da Ashanti, como não desejar que o Derek e a Amber aprendam que a vida não precisa ser tão dura um como o outro e como não visualizar o futuro sensacional e cheio de tecnologia que nosso herói Daniel vai ter? É muito amor envolvido.
- Eu afirmo a vocês nesse momento, com toda a sinceridade: nunca trocaria o que nós conquistamos nessa jornada. E faria tudo de novo se fosse preciso. Eu reviveria tudo, se este fosse o preço a pagar, o de morrer no dia de hoje para que para que qualquer uma de vocês possa viver.
- Heróis, heroínas e idiotas até o fim?
- Até o fim. Mais do que nunca, até o fim.
Nenhum comentário
Postar um comentário
A sua opinião é muto importante para nós. Obrigada!
Os comentários do blog passam por moderação antes de serem publicados.