Misery: Louca obsessão
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas:
326
Paul Sheldon descobriu três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após emergir da nuvem escura. A primeira foi que Annie Wilkes tinha bastante analgésico. A segunda, que ela era viciada em analgésicos. A terceira foi que Annie Wilkes era perigosamente louca. Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho. A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegará ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo.
Paul
Sheldon é um escritor famoso. Escreveu uma série de livros intitulada Misery,
que conta a história de uma jovem do século XVII ou XVIII, cuja vida é
preenchida por aventuras apaixonantes. Paul, que acabara de produzir o último
livro da série, acaba sofrendo um acidente de carro enquanto viajava. Com ruas
cobertas por neve, intransitáveis, o veículo perde o controle e Paul fica preso
na neve. Até que Annie Wildes, uma ex-enfermeira fã número 1 do escritor, por
acaso, encontra o homem e o leva para sua casa a fim de tratar de suas
sequelas.
A
princípio a hospedagem é agradável e Annie se mostra prestativa a todo
instante, sorridente e alegre por enfim ter encontrado seu ídolo. É fã de
Misery, a personagem fictícia, e quando descobre que Paul acabara de lançar o
último livro desta história, Annie corre até a cidade (pois sua casa fica,
aparentemente, no meio do nada) para comprar um exemplar.
Mas
tudo muda quando a mulher termina este livro, onde Misery morre no último
capítulo ao dar à luz um filho. Annie se revela por completo, tendo Paul matado
sua personagem preferida. De modo que ela fará com que Paul reescreva a história, e se ele não
colaborar ela poderá ajudá-lo, mostrando um martelo, aplicando-lhe uma agulha,
dando-lhe comprimidos e deixando-o encarcerado no quarto de hóspedes. A vida de
Paul se transforma num pesadelo palpável, na qual a solidão e o desespero farão
parte de seu cotidiano.
Misery, anteriormente publicado como Angústia no Brasil,
é considerado uma das obras-primas de Stephen King. O livro mostra uma
realidade que alguns famosos são capazes de compreender por já terem passado
pelo mesmo. Misturando realidade à ficção, pois a personagem Misery tem sua
participação constante ao longo do romance, King tece uma teia alucinante,
tendo apenas duas pessoas e um único cenário no livro todo.
Não
pense que por ter características de um conto Misery é uma história sem grandes
profundidades psicológicas e existenciais. A trama cresce a cada página, o
suspense aumenta de maneira horripilante e o leitor se vê tão encurralado
quanto Paul. Annie, a ex-enfermeira, é a personificação do mal em pessoa – pelo
menos para aqueles que temem ser mantidos em cativo. Sem sombra de dúvida, uma
das melhores personagens que já li e acompanhei, tão medonha que um fantasma ou
um demônio não provocaria tanto medo.
Enfim,
Misery é um thriller fantástico,
cruel, onde os elementos que o autor costuma criar se cruzam e mudam todo o
ambiente com inúmeros plot-twist. Leitura rápida, direta e crua, Misery
surpreende, sendo considerado um dos melhores thrillers psicológicos já feito.
O
livro já foi adaptado para o cinema, tendo os papéis de Paul e Annie interpretados
por James Caan e Kathy Bates, respectivamente.
E para os que ainda não conhecem, segue abaixo o trailer do filme:
Por
Saullo Brenner
Stephen King é O mestre nesse gênero... Acredito que ele seja o único autor desse tipo de livro que eu tenho coragem de ler, mas confesso que fico meio traumatizada toda vez que pego um livro dele... Hahahahahah
ResponderExcluir~ Compulsivamente Literária
Realmente, o cara é um gênio!
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