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Título: The White Princess
Ano: 2017
Duração: 60min por episódio
Gênero: Drama/ Histórico
Diretor: Emma Frost
Nacionalidade: Reino Unido
Elenco: Jodie Comer, Rebecca Benson (II), Jacob Collins-Levy
Sinopse:
Ao fim da Guerra das Rosas, a princesa Elizabeth, da casa de York, é oferecida em matrimônio a Henry, da casa rival de Tudor, para que a paz possa retornar ao país. Porém o casamento não vai bem, pois chega aos ouvidos da princesa que Richard, seu irmão perdido, está conspirando para tomar o poder e reclamar o trono ao qual diz ter direito.
Sempre fui muito viciada em séries ou filmes da realeza, principalmente em séries focadas nas história britânica. E como uma boa fiel, não pude resistir e me apaixonar por esta série The White Princess; mais uma linda produção original da Starz em conjunto com a BBC. Embora esta produção não tenha tido tamanho reconhecimento como outras produções da emissora, como Outlander, por exemplo. Posso dizer com certeza que se iguala em questão de temática e qualidade à séries como Reign e The Tudors. Mas acima de tudo isso, vou tentar fazer essa obra mais conhecida e contar um pouco sobre sua premissa pra vocês.
The White Princess (A princesa Branca) é baseado em acontecimentos e personagens reais da monarquia britânica. E antes de irmos ao núcleo principal da narrativa, é preciso conhecer um pouco do contexto histórico de onde se passa nossa série. Os fatos aqui narrados nesta produção são fundamentados após o fim de uma Guerra civil pelo trono da Inglaterra; conhecida como a Guerra das Rosas. Essa mesma Guerra, que teve uma duração muito longa e violenta nas ilhas britânicas, foi umas das principais inspirações para a criação dos livros de George RR Martin, famoso autor de Game of Thrones. Esta batalha foi travada entre duas casas da nobreza britânica: os York (casa com brasão das rosas brancas) e os Lancaster (casa com o brasão das rosas vermelhas). Essas duas famílias possuíam direito ao trono dos ingleses, mas disputaram e alternaram entre si o poder durante muito tempo.
Ao fim da Batalha de Bosworth, o herdeiro da casa Lancaster, Henry VII Tudor (primeiro rei da famosa dinastia Tudor), volta para casa com a vitória sobre o exército do rei dos York, o Richard III. Orientado por seu conselho real, Henry é obrigado a se casar com a princesa dos York "Lizzie", filha da antiga rainha Elizabeth Woodville, para então, instaurar a paz sobre as Casas. Mesmo sem desejar Lizzie também se vê forçada a se casar para ajudar nos planos de sua mãe, uma mulher perspicaz e conhecida por dominar as artes secretas da magia, que não desistirá de colocar um herdeiro York no trono inglês.
No meio dessa trama as coisas se intensificam quando Lizzie descobre que talvez seu irmão, Richard de York, pode estar vivo, após sua mãe tê-lo escondido e trocado por outra criança para que os soldados do exército dos Tudor não o executasse. Ao se tornar rainha da Inglaterra e esposa de Henry Tudor, Lizzie lidará com a difícil decisão de ser leal ao seu rei e aos seus filhos Arthur e Harry; ou lutar junto com sua mãe para trazer seu possível irmão e herdeiro York, ao trono da monarquia inglesa. No meio de toda essa intriga temos também Margaret Beaufort, mãe do rei Henry Tudor, uma mulher rígida e religiosa, que luta com todas as forças para manter seu filho no poder, custe o que custar.
Essa obra nos prestigia a uma instigante jornada ao mundo da nobreza, nos revelando suas alianças e rivalidades políticas, traições e ambições, entrelaçadas pelo poder e a paixão. Nos deparamos com várias personagens femininas fortes e determinadas, que agem nos bastidores de uma intriga masculina e patriarcal, mas que nem por isso tem sua relevância diminuída, pelo contrário. Eu adorei a forma como os produtores se preocuparam em nos mostrar mulheres que mesmo com seus direitos limitados e suas vidas pouco divulgadas pelos manuscritos antigos tinham significativa influência nas questões dos episódios históricos.
É claro que muito do que vemos em The White Princess, são cenas e tramas ficcionais, e até um pouco fantasiosas, como por exemplo, a feitiçaria retratada da rainha Elisabeth, mãe de Lizzie de York. Mas, tudo isso é compreensível diante da liberdade poética da obra; e também pela escassez de ocorrências claras sobre as personalidades envolvidas nos eventos.
Contudo, somos presenteados com personagens incríveis, cada um com diferentes motivações para suas ações, e ainda assim todos propensos a cometer erros e tomar atitudes drásticas para conseguir o que tanto desejam. Em meio a uma apresentação de quão longe vai a capacidade humana de sujar as mãos para tentar alcançar o poder, temos uma forte descrição de mães obstinadas a fazer loucuras com diversas consequências, só para proteger sua crias. Filhos que geraram ou para governar ou para morrer. Neste sentido, podemos dizer que todas as principais personagens da série conseguem se igualar e no desfecho da trama conseguimos entender cada ação dessas mulheres, mesmo que você não concorde com seus atos.
Mesmo com uma forte temática política, temos também espaço para as tramas românticas, com destaque para o relacionamento conturbado da rainha Lizzie com o rei Henry VII. Uma relação misturada por ódio, amor e laços familiares que no começo dos primeiros episódios foi parte do meu interesse pela série. Mas deixo logo de aviso que o mesmo só tem ponto central no inicio da trama e que depois fica como bloco secundário. Gostaria de ter tido maior empatia pelo personagem do Rei Tudor, mas o mesmo não me cativou tanto quanto gostaria, ou tanto quanto as personagens femininas.
Mas, sem dúvidas, é uma história intrigante que te surpreende sobre como te faz mudar de lado dezenas de vezes, e te faz alterar julgamentos sobre os personagens em poucos episódios. Somente 8 episódios, ao total. Porém, todos muito bem amarrados, e a evolução de seus personagens é muito bem elaborada.
Posso dar destaque também aos cenários, as cores visuais e aos figurinos da produção que são magníficos e me agradaram muito por serem bem realísticos. Infelizmente, esta é uma série com apenas uma 1 temporada, pois se trata de um spin-off de outra série, chamada The White Queen (A Rainha Branca), que conta a história da mãe de Lizzie, a bela rainha Elizabeth Woodville. Contudo, quem quiser assistir as séries não precisa acompanhar uma e a outra, pois suas tramas são de fácil entendimento, mesmo com personagens correlacionados. A próxima spin-off dessa trama também já foi lançada: A princesa espanhola. Contando a história de Catarina de Aragão, esposa do filho de Lizzie, Henry VIII; e essa mesma já está na minha listinha também.
Por mais e não menos importante, indico também os livros que deram inspiração para o roteiro destas séries, as obras homônimas da autora Philippa Gregory. Uma das principais escritoras de romances históricos, conhecida por inspirar diversas adaptações para o cinema e a televisão, incluindo o filme A outra, estrelado por Natalie Portman e Scarlett Johansson.
Oá!
ResponderExcluirNão conhecia essa série e pela sua resenha e pelas fotos fiquei com muita vontade de assistir! Espero gostar tanto quanto você ^^
Beijos
Não gostei!! Uma perca de tempo.
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