HAE-RYUNG, A HISTORIADORA
Ano: 2019
Gênero: Drama histórico
Diretor: Han Ga Rim, Kang Il Soo
Gênero: Drama histórico
Diretor: Han Ga Rim, Kang Il Soo
Episódios: 20
Nacionalidade: Coreia do Sul
Nacionalidade: Coreia do Sul
Elenco: Cha Eun-Woo, Shin Se Kyung, Choi Duk Moon
Sinopse: Situado no início do século XIX, Goo Hae-ryung (Shin Se Kyung) luta contra os estereótipos de gênero e começa uma vida nova ao se candidatar ao recém-criado posto de historiadora oficial da corte coreana.
Venho falar hoje sobre esse dorama que entrou pra minha lista de favoritos logo nos primeiros episódios, e se tornou o melhor pra mim. Doramas históricos são, particularmente, os meus favoritos em questão de produções sul-coreanas, mas mesmo aqueles que não estiverem acostumados a acompanhar obras coreanas, vão se encantar com essa história que aborda romance, comédia, um bom drama familiar, bastante política e criticas sociais. Tudo numa mistura de muito bom gosto e que flui com muita facilidade.
O enredo de Hae- Ryung, a historiadora é extenso e cheio de reviravoltas, mas a premissa básica vive em torno da vida da jovem Goo Hae-Ryung, uma moça de 26 anos que vive na Coréia durante a dinastia Joseon, um período que se deu inicio entre 1392 até 1897, e onde vivia-se segundo a filosofia politica do confucionismo.
Goo Hae- Ryung, a protagonista principal, é uma nobre que tem muito amor por livros, e trabalha como contadora de histórias, lendo livros para mulheres e crianças, uma prática muito comum na época. Mas Hae- Ryung não tem muito sucesso nisso, pois ela detesta ler livros românticos, e desagrada boa parte dos gostos femininos, muitas vezes nem recebendo por suas leituras devido ao desagrado dos clientes. Pensar em casamento está longe da mente da mocinha, que dado aos costumes da época é vista como uma rebelde por se interessar mais em estudar e ler do que em etiqueta feminina ou em um futuro marido.
Preocupado com o futuro incerto de sua irmã, Jae-Kyung, seu irmão mais velho, decide obriga-la a aceitar um casamento arranjado, pois segundo as leis da Coréia, é proibido uma moça solteira passar da idade de se casar (sim, gente, era proibido por lei, fiquem pasmos). Como uma luva da sorte, o segundo conselheiro Min Ik-pyeong, junto com os demais conselheiros do Rei, numa estratégia politica de espionagem, decide criar um concurso público de mulheres para ocupar o cargo de historiadoras, com o objetivo de ter uma historiadora que trabalhasse para os interesses dos conselheiros.
Até então, os historiadores eram importantes funcionários do governo que tinham autonomia própria, acima mesmo da submissão do rei, e exerciam o ofício de registrar todos os fatos do palácio e referente à corte real, pra que esses fatos fossem passados de geração em geração entre os eruditos. Essa função possuía muita responsabilidade, pois os historiadores deveriam registrar com justiça todas as ações do rei, sem se deixar levar pela corrupção.
Hae-Ryung vê nesse concurso a chance de fugir do casamento arranjado e poder viver a vida de erudito que sempre sonhou, mas como mulher lhe era impedido. Conseguindo passar no concurso, a jovem junto com as aprendizes Oh In-Im, Heo A-Ran e Song Sa-Hee se tornam as primeiras mulheres a ocupar um cargo politico no país.
Durante toda essa trama, Hae- Ryung em uma confusão, muito cômica por sinal, conhece Dowon Yi Rim, um autor de livros românticos do qual ela tanto detesta, e os dois acabam se desentendendo e causando uma grande bagunça na cidade de Hanyang. Após entrar no palácio como historiadora, a moça é surpreendida ao descobrir que, Dowon, é na verdade o príncipe mais novo da família real.
Dowon, o protagonista secundário, é um príncipe com profundo amor pela literatura, mas infelizmente vive à margem de seu irmão mais velho, o príncipe herdeiro Yi Jin, motivo pela qual o escritor vive isolado no palácio Nokseodang, totalmente excluído da vida na corte, e detestado pelo seu pai. Vivendo apenas com seus criados, que são seus amigos mais próximos, o príncipe tem muita curiosidade de conhecer o mundo lá fora, mas só pode se aventurar nas histórias de seus livros, enquanto escreve obras românticas às escondidas de seu pai.
Numa relação de inicio conturbada, Dowon e Hae-Ryung acabam se aproximando na vida do palácio, se conhecendo melhor aos poucos, e construindo uma amizade genuína que lentamente se transforma em amor. É muito agradável de assistir como de maneira bem singela se desenvolve a relação dos dois. Além de se surpreender ao ver como o personagem Dowon, evolui de um jovem inexperiente e inocente, pra um personagem corajoso e decidido, que me encantou ao fim dos 20 episódios.
O ponto mais forte pra mim, no entanto, é a trama social da obra, que trás temáticas importantes como o poder da censura dos livros. Na história, o governo proíbe a entrada de livros estrangeiros e ocidentais, e começa uma verdadeira guerra contra essas literaturas banidas. Tudo isso é um pano de fundo pra revelações históricas, como traições, corrupção, novas ideologias filosóficas e a evolução da Coreia como uma sociedade mais moderna que conhecemos hoje.
O foque especial do ponto social também vai para o relato verossímil das dificuldades de inserção da mulher na sociedade, principalmente da vida da mulher no mercado de trabalho, e como as personagens precisam aprender a lidar com o preconceito e buscam com as todas as garras provar o seu valor. Com certeza, nos faz refletir bastante sobre o tema, mas também é inspirador de acompanhar.
Mesmo sendo uma série bem mais longa do que estou acostumada a assistir, Hae- Ryung, a historiadora, me prendeu do inicio ao fim, com uma história intrigante e muito bem amarrada, que conseguiu me emocionar diversas vezes. Com certeza indico muito para os fãs de doramas que gostariam de conhecer mais sobre a História e os costumes da Coréia, além de poder apreciar um bom romance.
Oi
ResponderExcluireu não conhecia esse, eu não sou muito de doramas históricos, prefiro aqueles com um enredo mais atuais, legal que a história fala sobre a censura de livros.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Que legal. Já fiquei cativada com o enredo, pois historiadores já me deixam fascinada. No meu tempo de escola eu pensava em fazer história para virar arqueóloga ou historiadora hehehe.
ResponderExcluirJá quero assistir!
www.vivendosentimentos.com.br
Oi Débora,
ResponderExcluirJá tinha visto esse dorama na Netflix, mas não tinha iniciado pq não sabia se era bom. Sua resenha foi ótima e com certeza vou ver. Obrigada ^^
Bjos
https://www.kelenvasconcelos.com.br/
Graças a sua resenha estou assistindo esse dorama. E é realmente encantador.
ResponderExcluirComecei a assistir por um acaso depois que terminei a série My only Love Song
ResponderExcluirE estou amando
Adorei sua resenha... Vou assistir.
ResponderExcluirLinda a história, já ansiosa para a segunda temporada, espero que não demore.
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